Transformando o amanhã: o potencial da indústria eletrônica


Na era digital, a indústria eletrônica desempenha um papel de destaque, movimentando a economia e transformando o modo como vivemos e nos conectamos a partir da inovação e tecnologia. À medida que o setor avança, enfrentando desafios e abrindo novos caminhos, ele se estabelece como um pilar da economia, gerando empregos de alta capacitação e impulsionando o progresso.

O segmento é responsável por projetar, desenvolver e fabricar os dispositivos e sistemas eletrônicos que tornam a vida moderna mais conveniente, eficiente e conectada, tais como:

  • Smartphones: dispositivos eletrônicos essenciais que combinam recursos de telefonia, computação e conectividade em um único dispositivo portátil.
  • Computadores pessoais (PCs): amplamente utilizados em residências e empresas para fins de trabalho, estudo, entretenimento e comunicação.
  • Televisores: as TVs evoluíram para oferecer recursos avançados, como resolução 4K, tecnologia de tela OLED e conectividade inteligente para streaming de conteúdo.
  • Tablets: dispositivos portáteis de tela sensível ao toque que oferecem funcionalidades semelhantes às dos PCs, mas em um formato mais compacto e conveniente.
  • Eletrodomésticos inteligentes: geladeiras, máquinas de lavar roupa, fornos e sistemas de segurança estão sendo equipados com recursos inteligentes, permitindo controle remoto e interconexão através da Internet das Coisas (IoT).
  • Dispositivos de áudio: fones de ouvido, alto-falantes portáteis, sistemas de som domésticos e equipamentos de áudio profissional.
  • Dispositivos de armazenamento: pendrives, cartões de memória, discos rígidos externos e unidades de estado sólido (SSDs) são produtos essenciais para armazenamento e transferência de dados.
  • Equipamentos médicos: dispositivos médicos avançados, como equipamentos de diagnóstico por imagem, monitores cardíacos, equipamentos de terapia e dispositivos de suporte à vida.
  • Componentes eletrônicos: sem os componentes eletrônicos, a fabricação de todos os produtos mencionados acima seria impossível. Isso inclui chips, resistores, capacitores, transistores, circuitos integrados e muitos outros componentes utilizados em eletrônicos de consumo, industriais e militares.

No Brasil, a instituição representativa da indústria eletrônica é a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee). Fundada em setembro de 1963, a organização possui como associadas empresas nacionais e estrangeiras, instaladas em todo país e de todos os portes.

Na economia, o setor possui impacto dentro da indústria de transformação de produtos de alto valor agregado. De acordo com dados da CNI, em 2021, o setor empregava mais de 120 mil trabalhadores formais e movimentou, em 2020, R$ 1 bilhão em investimento empresarial em pesquisa e desenvolvimento (P&D). 

Desafios e oportunidades da indústria eletrônica

Junto de seu potencial transformador, a indústria eletrônica traz consigo grandes desafios relacionados ao seu crescimento. Um deles é a concorrência internacional acirrada, principalmente de países como China, Estados Unidos e Coreia do Sul. Essas nações possuem indústrias eletrônicas consolidadas, o que gera uma desvantagem competitiva para as empresas brasileiras.

Além disso, mesmo com o investimento em pesquisa e desenvolvimento, o valor movimentado para esse fim ainda é baixo no Brasil em relação com outros países, o que limita a capacidade das empresas de desenvolver novos produtos e acompanhar as tendências globais. Além disso, a falta de apoio governamental e incentivos fiscais para a inovação da área também dificulta o avanço do setor.

A complexidade tributária e burocrática do país é um obstáculo adicional. Os altos impostos e a falta de simplificação tributária aumentam os custos de produção e prejudicam a competitividade das empresas brasileiras no mercado global.

Mesmo com as adversidades, porém, a Abinee demonstra otimismo para este ano, com projeções de crescimento nominal de 5% no faturamento da indústria eletrônica e elétrica somadas, atingindo a marca de R$ 231 bilhões. Além disso, levando em consideração a inflação, espera-se que a receita se mantenha estável. Ademais, a associação estima um aumento de 1% na produção e 2% nos empregos ao considerar os dois setores industriais.

Somado a isso, em março deste ano foi instituído o Decreto nº 11.456, que atualiza e expande o Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Semicondutores (PADIS), que já oferecia reduções a 0% de alíquotas de Imposto de Importação, IPI e PIS-COFINS para a produção de chips e semicondutores, ao incluir o segmento de fotovoltaicos, voltado para a produção de energia solar. 

“O programa contribui para o desenvolvimento tecnológico do país e fortalece a indústria nacional. Considera não apenas os semicondutores, mas células fotovoltaicas, com o incentivo à produção de energia solar. Este é mais um movimento para estimular o investimento, a produção nacional, gerando renda e emprego de qualidade”, constatou o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin. A liderança dessa pauta no governo envolve também os ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), da Fazenda e do Planejamento.

Para saber mais sobre os dados setoriais da indústria eletrônica, clique aqui: CNI – Perfil Setorial da Indústria (portaldaindustria.com.br)

Para saber mais sobre a projeção da Abinee, clique aqui: Indústria eletroeletrônica fecha 2022 com faturamento de R$ 220,4 bi, diz Abinee – 08/12/2022 – UOL Economia

Para saber mais sobre o PADIS, clique aqui: Governo garante isenção fiscal para semicondutores e inclui energia solar em benefício (www.gov.br)

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