A energia solar é uma fonte de energia renovável, limpa e abundante, que pode ser aproveitada para gerar eletricidade em residências e empresas. No Brasil, a energia solar tem ganhado cada vez mais espaço e relevância, tanto pela sua contribuição para a sustentabilidade ambiental quanto pela sua viabilidade econômica e social.

A energia solar é gerada a partir da captação da luz do sol por meio de painéis solares, que são compostos por células fotovoltaicas que convertem a energia luminosa em energia elétrica. Quando a luz do sol atinge as células fotovoltaicas, os elétrons presentes nos átomos dos materiais semicondutores são liberados, gerando assim uma corrente elétrica. Essa eletricidade gerada pode ser armazenada em baterias ou utilizada diretamente nas residências e empresas, contribuindo para a redução do consumo de energia elétrica proveniente de fontes não renováveis.

Essa fonte de energia renovável traz diversos benefícios para o Brasil, que podem ser classificados em três dimensões: ambiental, econômica e social.

Do ponto de vista ambiental, a energia solar é importante por ser gerada sem emitir gases de efeito estufa, que contribuem para o aquecimento global e as mudanças climáticas. Além disso, é inesgotável, pois não depende de recursos finitos como os combustíveis fósseis. Também é uma fonte limpa, que não gera resíduos poluentes nem impacta negativamente os ecossistemas.

Se você quiser saber mais sobre a transição energética brasileira, clique aqui e leia nosso texto sobre o assunto: Transição energética é necessária, mas desafiadora – Viabiliza + (viabilizamais.com.br)

Economicamente, ela é uma fonte de geração distribuída, que permite aos consumidores produzirem sua própria eletricidade e reduzirem seus gastos com a conta de luz. Segundo levantamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), casas que possuem energia solar fotovoltaica instalada podem economizar até 95% do valor da sua conta de luz. 

Além disso, ela possui um baixo custo de manutenção, sendo uma fonte de geração descentralizada, que reduz a dependência do sistema elétrico nacional e aumenta a segurança energética do país de maneira diversificada.

No âmbito social, a energia solar é importante por ser uma fonte de inclusão energética, que possibilita o acesso à eletricidade em áreas remotas ou isoladas da rede elétrica, promovendo o desenvolvimento humano e social dessas comunidades, melhorando as condições de saúde, educação, comunicação e lazer. 

O setor também fortalece a geração de emprego e renda, o que estimula o crescimento econômico local e nacional. Ainda de acordo com a ABSOLAR, o segmento gerará mais de 300 mil empregos somente neste ano.

A importância das fazendas solares

Uma fazenda solar é uma área onde painéis fotovoltaicos são instalados para captar a energia proveniente da luz. Essas infraestruturas são projetadas para maximizar a exposição aos raios solares e geralmente são instaladas em áreas de grande incidência solar e sem sombreamento, como em terrenos abertos e planos. A eletricidade produzida nesses locais é então transmitida para uma subestação, onde é distribuída pela rede elétrica nacional para os consumidores finais. 

As fazendas solares têm algumas vantagens em relação a outras instalações. Uma delas é a possibilidade de aproveitar terrenos ociosos ou improdutivos, como áreas desérticas ou terrenos baldios, para gerar energia solar em larga escala. Outra vantagem é o potencial de se alcançar uma maior economia ao aproveitar a área e os recursos de maneira eficiente.

Entretanto, o planejamento inadequado da infraestrutura dessas fazendas pode acarretar em impactos no ambiente ao redor, formando zonas de calor que venham a causar desequilíbrios na fauna e flora local, devido ao efeito reflexivo das placas fotovoltaicas e a sua concentração.

Desafios na geração fotovoltaica

Apesar dos benefícios da energia solar no Brasil, ainda existem alguns desafios para a sua expansão e consolidação no país. Entre eles, pode-se citar:

• O custo inicial de instalação dos sistemas fotovoltaicos, que ainda é elevado para muitos consumidores;
  

• A falta de linhas de crédito e incentivos fiscais específicos para a energia solar;
  

• A burocracia e a demora na obtenção das licenças e autorizações necessárias para a instalação dos sistemas fotovoltaicos;
  

• A falta de padronização e qualidade dos equipamentos e serviços oferecidos no mercado;
  

• A falta de mão de obra qualificada e capacitada para atender à demanda crescente por energia solar;
  

• A falta de informação e conscientização da população sobre os benefícios e as vantagens da energia solar;
  

• Ausência de legislação para a implantação de fazendas solares que definem requisitos e padronização das instalações.

Além disso, o sistema tributário que vem se desenvolvendo a partir da geração de eletricidade por energia solar é um problema muito discutido nos últimos anos. Comumente chamada de “taxação do sol”, a tarifa incide sobre a energia excedente produzida por quem tem painéis solares fotovoltaicos conectados à rede elétrica. Essa energia excedente é injetada na rede e gera créditos que podem ser usados para abater da conta de luz.

Esse valor é chamado de Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição (TUSD) e serve para remunerar a concessionária de energia pelo uso da sua infraestrutura. Antes de 2023, quem tinha painel solar era isento dessa tarifa, mas isso mudou com a lei nº 14.300, que regulamentou o setor de geração distribuída.

A taxação não é aplicada sobre toda a energia produzida pelo painel solar, mas apenas sobre a parte que é injetada na rede. Por exemplo, se uma pessoa produz 100 kWh por mês e consome 80 kWh, são injetados 20 kWh na rede e, tecnicamente, o indivíduo receberia créditos por isso. Com a lei, esses créditos serão taxados pela TUSD. A tarifa não é fixa, mas varia de acordo com o valor de distribuição de cada região.

Para saber mais sobre o levantamento da ABSOLAR, clique aqui: ABSOLAR – Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica

Para saber mais sobre a geração de empregos projetada para 2023, clique aqui: ABSOLAR – Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica

Para saber mais sobre a lei nº 14.300, clique aqui: Lei 14300/22 | Lei nº 14.300, de 6 de janeiro de 2022, Presidência da Republica (jusbrasil.com.br)

Se você quer saber como usar fontes renováveis no seu negócio, clique aqui e leia nosso texto sobre o Mercado Livre de Energia: O potencial do mercado livre de energia para reduzir custos na indústria – Viabiliza + (viabilizamais.com.br)