Da terra para o consumidor: a riqueza do setor de hortifruti


O setor de hortifruti desempenha um papel essencial no contexto agrícola e alimentício do Brasil. Com uma ampla diversidade de cultivos, que abrangem desde frutas frescas e vegetais até ervas aromáticas e produtos orgânicos, o segmento se destaca por sua qualidade e capacidade de atender às demandas do mercado nacional e internacional.

O Brasil ocupa uma posição privilegiada no cenário mundial como produtor de hortifruti. De acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o país é o terceiro maior produtor mundial de frutas, com uma produção de aproximadamente 45 milhões de toneladas por ano. Em 2021, por exemplo, a exportação de frutas ultrapassou US$ 1,2 bilhões em exportações.

Sua extensa área territorial, com climas e solos favoráveis, propicia o cultivo de uma ampla variedade de produtos agrícolas. Dos pomares de laranja em São Paulo às plantações de uva no Rio Grande do Sul, passando pelas plantações de banana no Nordeste, o país se destaca pela sua capacidade de fornecer produtos frescos e de qualidade durante todo o ano. 

Esse segmento da agroindústria engloba desde pequenos produtores familiares até grandes empresas agrícolas, oferecendo uma ampla variedade de produtos frescos, nutritivos e saborosos para o mercado interno e externo.

Se você quiser saber mais sobre a importância da biodiversidade na indústria, clique aqui e leia nosso texto sobre o assunto: O papel da biodiversidade na economia industrial – Viabiliza + (viabilizamais.com.br)

O mercado de hortifruti abrange uma gama diversificada de produtos, tais como:

  • Frutas: maçãs, bananas, laranjas, uvas, morangos, abacaxis, melancias, peras, pêssegos, ameixas, mangas, mamões, entre outras;
  • Legumes: tomates, cenouras, batatas, cebolas, alho, abobrinhas, berinjelas, pepinos, pimentões, brócolis, couve-flor, espinafre, abóboras, quiabos, cogumelos, entre outros;
  • Verduras: alface, rúcula, agrião, espinafre, acelga, couve, almeirão, chicória, endívia, alho-poró, entre outros;
  • Ervas e temperos: salsa, cebolinha, coentro, manjericão, hortelã, alecrim, tomilho, orégano, sálvia, estragão, louro, pimenta, entre outros;
  • Raízes e tubérculos: batata-doce, mandioca, inhame, beterraba, rabanete, nabo, bardana, cenoura, aipim, batata-baroa, entre outros;
  • Frutos secos: nozes, castanhas, amêndoas, pistaches, amendoins, avelãs, entre outros;
  • Folhas comestíveis: almeirão, rúcula, agrião, escarola, mostarda, chicória, entre outros;
  • Flores comestíveis: capuchinha, calêndula, amor-perfeito, violeta, dente-de-leão, rosas, entre outras;
  • Sucos e polpas de frutas: suco de laranja, suco de uva, suco de maçã, polpa de morango, polpa de acerola, entre outros;
  • Conservas e compotas: geleias, compotas de frutas, picles de legumes, conservas de azeitonas, entre outros.

Além disso, há uma crescente demanda por produtos orgânicos, impulsionada pelo interesse crescente dos consumidores por alimentos saudáveis e sustentáveis. É o caso da startup brasileira Trela que, em 2022, registrou um aumento de 120% nas vendas desde que começou a vender produtos orgânicos.

Se você quiser saber mais sobre a mudança dos hábitos de consumo e seu impacto na indústria, clique aqui e leia nosso texto sobre o assunto: Como o consumidor está transformando a demanda industrial – Viabiliza + (viabilizamais.com.br)

Somado aos produtos orgânicos, outras tendências estão movimentando o mercado de hortaliças, legumes e frutas. Entre elas, pode-se destacar:

  • Mercado de produtos minimamente processados: a demanda por alimentos frescos e minimamente processados tem aumentado. Os consumidores procuram produtos que mantenham a qualidade e os nutrientes dos alimentos in natura, mas com a conveniência de um preparo mais rápido. Exemplos incluem frutas lavadas e cortadas, vegetais pré-embalados e saladas prontas para consumo.
  • Sustentabilidade e produção local: a preocupação com o meio ambiente tem impulsionado o interesse por produtos hortifrúti de origem local e sustentável. Os consumidores valorizam a redução de emissões de carbono e o apoio aos agricultores locais. É o caso da estratégia Farm to Fork, que visa fomentar a distribuição de alimentos provenientes de produtores locais em restaurantes e cantinas escolares, priorizando a aquisição direta junto aos agricultores.
  • Tecnologia e agricultura de precisão: a tecnologia está sendo cada vez mais utilizada na produção de hortifrúti. A agricultura de precisão, com o uso de sensores, drones e análise de dados, permite um monitoramento mais eficiente das plantações, resultando em melhorias na qualidade e no rendimento das colheitas.

Se você quiser saber mais sobre a Indústria 4.0 na agroindústria, clique aqui e leia nosso texto sobre o assunto: Como a IA pode revolucionar a agricultura sustentável – Viabiliza + (viabilizamais.com.br)

  • Delivery e e-commerce: o crescimento do comércio eletrônico e dos serviços de entrega tem alcançado o setor de hortifrúti. Os consumidores estão optando por fazer suas compras online, inclusive de frutas, legumes e verduras, em busca de praticidade e conveniência.
  • Inovação em embalagens: a busca por soluções mais sustentáveis tem impulsionado a inovação no setor de embalagens para hortifrúti. Alternativas biodegradáveis, compostáveis e de baixo impacto ambiental estão ganhando espaço, visando reduzir o desperdício de plástico e promover a reciclagem.

Para saber mais sobre a posição do Brasil nesse mercado, clique aqui: Frutas e hortaliças – Portal Embrapa

Para saber mais sobre as exportações de frutas no setor, clique aqui: Brasil bate recorde histórico com mais de US$ 1,21 bilhão em exportação de frutas em 2021 — Ministério da Agricultura e Pecuária (www.gov.br)

Para saber mais sobre a estratégia Farm to Fork, clique aqui: Farm to Fork (F2F) -estratégia agroalimentar sustentável – Apex-Brasil (apexbrasil.com.br)

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