Porque a indústria chinesa é importante para o Brasil e para o mundo
O Produto Interno Bruto (PIB) da China vem aumentando de forma ininterrupta há mais de 40 anos. Entre as décadas de 1990 e 2010, o país conseguiu manter um crescimento médio de 10% ao ano, maior do que qualquer outro país no mesmo período, e continuou a crescer a passos largos de 2010 para cá.
Mesmo com os problemas logísticos e de produção ligados ao Covid-19 nos últimos anos, a indústria do país cresceu 3,6% em 2022 em relação ao ano anterior, com previsão de aumento no crescimento após a suavização das políticas de Lockdown que o governo chinês aplicou dentro de suas fronteiras para conter a propagação das variantes do coronavírus.
Hoje, a indústria chinesa funciona como um impulsionador para o resto do mundo. Seus investimentos em tecnologia e inovação seguem um ritmo acelerado, o que faz com que diversos governos e indústrias exteriores observem constantemente sua evolução para seguirem passos parecidos em seus próprios setores.
Não são poucos os esforços da nação asiática em industrializar cada vez mais seu país. Dentre suas iniciativas, estão o investimento maciço em educação e capacitação de sua população, que assim se torna apta a ocupar qualquer profissão da cadeia produtiva, em automação industrial, em tecnologias da indústria 4.0 como inteligência artificial, internet das coisas, big data e sensores ultra sensíveis e também em políticas de fomento à produção com zero carbono, com previsão para diminuir a nível mínimo a produção de carbono nas próximas décadas.
Líder no ranking de exportação de produtos brasileiros, a China é atualmente um dos principais países investidores no Brasil
Desde o estabelecimento de profundas relações comerciais entre Brasil e China, que teve início há quase cinco décadas, os dois países viraram modelo global acerca da relação bilateral de comércio e fomento ao desenvolvimento econômico na qual mantêm até os dias atuais.
Hoje, a nação brasileira e a chinesa não se veem apenas como meros parceiros comerciais, mas sim como “os principais países emergentes com influência global (…) e parceiros estratégicos abrangentes que compartilham amplos interesses comuns que assumem responsabilidades comuns de desenvolvimento”, afirmou o presidente chinês Xi Jinping no início deste ano.
Não obstante, a China, hoje, é a maior importadora de produtos brasileiros no mundo. Apenas no segmento do agronegócio, o país importou do Brasil US$ 58,8 bilhões (Cerca de R$ 305 bilhões na cotação atual). O valor é 43,3% superior a 2021 e o dobro do desempenho em comparação com cinco anos atrás.
Desse montante, US$ 48,9 bilhões, ou 83,2%, foram destinados à importação de soja, carne, produtos florestais, complexo sucroalcooleiro, fibras e produtos têxteis. Além desses produtos, o Brasil também exporta outros produtos em quantidades menores, mas ainda consideráveis, como cacau, café, cereais, sucos, ração animal, óleos e chás.
A soja, insumo mais buscado pela China e que supera outros produtos em importação, tem posição de destaque nas importações, pois o país investe assiduamente na criação de suínos em seu solo. As importações totais de soja superaram 91 milhões de toneladas em 2022, um número 5,6% menor do que em 2021, tendo sido causado pelo aumento nos preços globais de commodities.
Para saber mais sobre a produção industrial da China no último ano, clique aqui: Produção industrial da China deve ter crescido 3,6% em 2022 sobre ano anterior, diz ministério – 11/01/2023 – UOL Economia
Para saber mais sobre a importação chinesas de insumos agrícolas brasileiros em 2022, clique aqui: O que a China comprou do agro do Brasil por US$ 50,8 bi – Forbes
Para saber mais sobre um dos últimos pronunciamentos de Xi Jinping sobre a relação Brasil-China, clique aqui: Xi: China e Brasil são principais países emergentes com influência global | Monitor Mercantil