A sustentabilidade e a diversidade são uma pauta cada vez mais relevante nos dias de hoje, não somente por questões ambientais e sociais, mas também por ser uma escolha inteligente do ponto de vista econômico.
Em um estudo publicado pela Bain em parceria com a EcoVadis, denominado “Iniciativas ESG Geram Valor?”, indicou-se uma correlação entre os resultados ESG e os indicadores de receita e desempenho financeiro. De acordo com a Bain, o levantamento, feito a partir da avaliação dos impactos do ESG em 100 mil empresas, sendo 80% delas privada, constatou quatro observações, sendo elas:
- Empresas com mais mulheres no time de executivos têm melhores resultados financeiros: As companhias que se classificam entre as 25% melhores de seu setor em diversidade de gênero na equipe executiva têm crescimento de receita anual de cerca de 2 pontos percentuais acima dos 25% de instituições com menos executivas, cujas margens de lucro EBITDA também são 3 pontos percentuais mais baixos;
- O uso de energia renovável está relacionado às margens EBITDA mais altas em indústrias intensivas em carbono: Nos setores de recursos naturais, transporte e produção industriais, as empresas que usam mais energia renovável têm margens EBITDA maiores;
- Companhias que focam em práticas éticas, ambientais e trabalhistas em suas cadeias de suprimentos são mais lucrativas: Elas têm margens de 3 a 4 pontos percentuais acima daquelas que não focam nas credenciais ESG de seus fornecedores;
- Empresas que lideram as iniciativas ESG têm maior satisfação dos funcionários; e aquelas que contam com colaboradores mais satisfeitos crescem mais rápido e são mais lucrativas: Elas têm crescimento de receita de três anos até 5 pontos percentuais acima das organizações com funcionários menos satisfeitos e margens até 6 pontos percentuais maiores do que as retardatárias. Além do básico, que inclui remuneração justa e garantia de um ambiente de trabalho seguro, os benefícios podem incluir treinamento profissional, saúde mental e física, creche e oportunidades educacionais, que aumentam a satisfação do colaborador e, como consequência, a produtividade e a retenção.
(Fonte: Bain & Company)
Se você quiser saber mais sobre a agenda ESG, clique aqui e leia nosso texto sobre o assunto: O que você perde ao ignorar o ESG – Viabiliza + (viabilizamais.com.br)
Em outra pesquisa, publicada pela Teads, uma plataforma global de mídia, em parceria com a Kantar, foi levantado que nove em cada 10 brasileiros consideram a sustentabilidade importante em suas vidas. Os participantes do estudo afirmaram que 87% dos respondentes buscam fazer um uso racional da água, 76% controlam o consumo de eletricidade, 68% reutilizam embalagens e 67% já estão acostumados a separar o lixo para reciclagem.
Ainda de acordo com o levantamento, os entrevistados apontaram que as principais ações que as empresas devem levar em conta são o uso de materiais recicláveis (86%) e o apoio a causas sociais (82%). Outras observações importantes foram feitas, como a preferência por produtos livres de plástico (79%), cruelty-free (74%), orgânicos (74%), eco-friendly (73%) e veganos (53%).
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Essas análises comprovam que empresas que se comprometem com práticas sustentáveis não apenas contribuem para a preservação do meio ambiente, mas também fortalecem a sua imagem junto aos consumidores e investidores, além de reduzirem seus custos operacionais e aumentarem a eficiência da produção.
Iniciativas para conquistar sustentabilidade e diversidade na indústria
A cada ano, o setor industrial global vem investindo progressivamente em soluções sustentáveis e inclusivas para mitigar os impactos socioambientais que o mundo vem enfrentando. Como visto, tais iniciativas também influenciam positivamente no crescimento empresarial. Entre elas, é possível destacar:
- Incentivar a diversidade e inclusão na contratação: estabelecer metas e políticas que visem a inclusão de mulheres, pessoas com deficiência e minorias étnicas. É o caso da empresa de tecnologia Intel, que possui uma meta de ter 40% de mulheres em sua força de trabalho até 2030.
- Adotar tecnologias sustentáveis: investir em tecnologias que reduzam o impacto ambiental da produção, como sistemas de energia renovável, reciclagem de resíduos, automação e digitalização de processos. A Apple, por exemplo, utiliza energia 100% renovável em suas operações.
- Investir em treinamento e educação: capacitar os colaboradores com treinamentos e oportunidades educacionais que visem aprimorar habilidades e conhecimentos, além de fomentar a cultura de diversidade e sustentabilidade.
- Fomentar parcerias sustentáveis: buscar parcerias com outras empresas, fornecedores e comunidades locais para compartilhar conhecimento e melhores práticas em sustentabilidade e diversidade.
- Monitorar a cadeia de suprimentos: avaliar e monitorar regularmente os fornecedores e parceiros de negócios para garantir que estejam em conformidade com os padrões de sustentabilidade e diversidade da empresa.
- Estabelecer metas de emissão de carbono: definir metas ambiciosas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, com base em ciência e dados, e acompanhar o progresso regularmente. A empresa de transporte Lyft foi uma das pioneiras nesse tópico ao definir a meta de ter uma frota de carros elétricos até 2030.
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Para saber mais sobre a pesquisa da Bain, clique aqui: Iniciativas em ESG acompanham desempenho financeiro mais forte, indica novo estudo da Bain & Company e da EcoVadis | Bain & Company